Práticas de conservação do solo e manejo de pragas e doenças do algodoeiro. Agronomia Semestre: 4º e 5º - PTG - (66) 9.96945762. Ano 2021-01 Private individual
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Sejam bem-vindos a este semestre!
A presente proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) possui como temática “Práticas de conservação do solo e manejo de pragas e doenças do algodoeiro”. Este tema foi escolhido para possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas deste semestre.
Contextualizando:
O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) pertence ao grupo de plantas dicotiledôneas, família Malvaceae. O algodoeiro herbáceo pertence à raça Latifolium Hutch (SEAGRI, 2012).
A cultura do algodão herbáceo vem se mostrando uma atividade com alta rentabilidade e com grandes possibilidades de expansão, principalmente nas regiões de fronteira agrícola. A pluma brasileira vem ganhando competitividade no mercado externo devido à excelente qualidade de suas fibras e as altas produtividades. Em contrapartida, a cultura exige a utilização de técnicas e insumos de alto desempenho que reduzem os riscos pertinentes à atividade (LIMA, 2011).
O algodoeiro herbáceo é considerado uma das culturas mais tradicionais do semiárido. Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão. Ocupa o primeiro lugar em produtividade em sequeiro. O Brasil tem figurado também entre os maiores exportadores mundiais. O cenário interno é promissor, pois estamos entre os maiores consumidores mundiais de algodão em pluma. No ano safra de 2019/20 o Brasil apresentou 1.665,60 (ha x 1.000) de área plantada, com uma produção de pluma de 3.001,60 (ton X 1.000) (ABRAPA, 2020).
O estado do Mato Grosso é o maior produtor, com 66,2% da área cultivada, seguido pela Bahia, com 22,4%. A cultura do algodão já teve grande importância na economia no Paraná, que respondia por metade da produção brasileira de algodão há aproximadamente 20 anos. Mas questões climáticas e comerciais, somadas à incidência de uma praga de difícil controle, o bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis Boheman, 1843, impediram o sucesso de produção dos cotonicultores.
Atualmente este cenário vem se tornando diferente e motivador, de modo que a cultura do algodão está ressurgindo com uma nova configuração técnica e tecnológica. E para essa transição, a Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) vem realizando um projeto, com apoio do Instituto Brasileiro de Algodão (IBA) e colaboração de diversas entidades estaduais, cooperativas e empresas, para reinserir a cultura no agronegócio paranaense, uma vez que se trata de uma boa opção na rotação de culturas e provável alternativa para a pós-colheita da soja no estado (REVISTA CULTIVAR, 2020).
Por estar situado em ambiente tropical, o Brasil tem algumas vantagens competitivas em relação às regiões produtoras de ambiente temperado. Uma delas é a possibilidade de explorar economicamente a terra ao longo de todo ano, enquanto nas regiões temperadas a agricultura é pouco significativa na estação fria. Outra vantagem é o ciclo reduzido das culturas que ocorre de forma mais rápida devido às temperaturas elevadas. Por outro lado, a agricultura tropical possui desafios que não são observados nas regiões temperadas. A intensidade e a severidade do ataque de pragas, de doenças e de plantas daninhas são muito maiores no ambiente tropical do que no temperado, favorecendo, portanto, nessas condições, as pragas, as quais podem causar perdas econômicas ao produtor (EMBRAPA, 2019).
E o manejo do solo, em regiões tropicais, também merece atenção especial, pois trata-se de um recurso natural que deve ser utilizado com responsabilidade, dentro de critérios técnicos com vistas à conservação da sua capacidade produtiva e não degradação. É um dos componentes vitais do meio ambiente e constitui o substrato natural para o desenvolvimento das plantas. Uma das principais funções do planejamento de uso das terras é ter maior aproveitamento das águas das chuvas, evitando-se perdas por escoamento superficial e criando condições para aumentar sua infiltração no perfil do solo. Assim, o uso adequado do solo, com implantação das práticas conservacionistas, além de garantir o suprimento de água para as culturas, criações e comunidades, previne a erosão, evita inundações e o assoreamento dos rios, e abastece os lençóis freáticos que alimentam os cursos de água, propiciam a maximização da produtividade e do lucro, sem redução da capacidade produtiva.
O cultivo do algodão na pós-colheita da soja, como está sendo discutido no Paraná, contempla a rotação de culturas, que é uma das boas práticas agronômicas porque, entre outras vantagens, contribui com a conservação do solo e pode interferir no desenvolvimento de pragas e doenças das lavouras. A rotação de culturas consiste em alternar, de forma ordenada, diferentes espécies vegetais em determinado espaço de tempo, na mesma área e na mesma estação do ano. As espécies escolhidas devem ter, ao mesmo tempo, propósito comercial e de recuperação do solo. As plantas de recuperação de solo podem atuar como adubação verde, e fornecer nutrientes para o solo e lavouras futuras. Essas vantagens não são estanques, elas podem variar nas diferentes regiões agrícolas do Brasil e do mundo, e sob diferentes tipos de solo, se arenoso ou argiloso e, também, sob diferentes condições climáticas.
Portanto, é fundamental conhecer as particularidades de cada região produtora para se obter êxito no cultivo do algodoeiro.
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